Operação da FPI do Rio São Francisco resulta na apreensão de 46 quilos de pólvora em Alagoas

Especialistas do Bope realizaram detonação controlada em área remota de Traipu, no sertão alagoano

Por Da Redação com Bope 09/05/2024 - 08:07 hs
Foto: Reprodução/BOPE


Uma operação coordenada pela Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do Rio São Francisco) resultou na apreensão de 46 quilos de pólvora, que foram posteriormente destruídos por especialistas em explosivos do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL). A detonação controlada ocorreu em uma área remota, distante cerca de 10 quilômetros de um povoado de Traipu, no sertão alagoano.

 

 

A pólvora foi encontrada durante uma inspeção realizada na Vila Santo Antônio, em uma casa de farinha, pela equipe de Extração Mineral e Resíduos Sólidos da FPI do Rio São Francisco. Durante a verificação de eventuais irregularidades no descarte de resíduos da produção de farinha, os técnicos identificaram uma fábrica clandestina de fogos de artifício.

 

 

Embora o foco da ação fosse a questão ambiental, a equipe se deparou com materiais de produção de fogos, como cola artesanal, papel, bambu e outros. Os galpões da casa de farinha continham rojões, bombinhas, bombas e chuvinhas, sem qualquer equipamento de proteção ou infraestrutura adequada.

 

 

Diante da gravidade da situação e visando a segurança da comunidade, especialistas do esquadrão antibombas do Bope foram acionados e se deslocaram de Arapiraca para Traipu em um helicóptero especializado da PM/AL. A operação contou com a presença dos coordenadores da FPI, promotores de Justiça Lavínia Fragoso e Alberto Fonseca, do Ministério Público de Alagoas.

 

A promotora Lavínia Fragoso ressaltou a importância da ação para a prevenção de acidentes e destacou que a fábrica de fogos de artifício estava localizada próxima a várias residências, colocando em risco não apenas os trabalhadores, mas toda a comunidade.

 

 

Além do acondicionamento inadequado, a pólvora estava armazenada em baldes e garrafas PET, aumentando o risco de acidentes. A detonação controlada realizada pelos especialistas do Bope mostrou o potencial destrutivo do produto.

 

 

Os responsáveis pela fábrica clandestina não foram identificados, mas as evidências encontradas no local embasaram a abertura de um inquérito policial para responsabilização dos infratores, de acordo com o Artigo 251 do Código Penal, que trata da exposição à perigo por meio de explosivos.

 

A ação da FPI do Rio São Francisco reforça o compromisso em proteger o meio ambiente e a segurança da população, garantindo um ambiente mais seguro e preservando a saúde da bacia hidrográfica do Velho Chico.